quinta-feira, 7 de março de 2024

Especial Eleições. Entrevista Rui Rocha | Iniciativa Liberal

Rui Rocha é o Presidente da
Comissão Executiva da Inicia￾tiva Liberal e o candidato da do
partido às eleições legislativas
de 2024, ao Jornal A Terra Mi￾nhota mostrou as principais
ideias que tem para o país.
Como pretende promover o
desenvolvimento económico e
social no Alto Minho e noutras
regiões do país?
O Alto Minho possui um po￾tencial notável para a economia
portuguesa. A indústria, a gas￾tronomia e o turismo, impulsio￾nados por produtos exclusivos
como o vinho verde e as castas
Alvarinho e Loureiro, colocam a
região em posição de destaque
no cenário nacional. A Iniciati￾va Liberal propõe um plano para
alavancar o desenvolvimento
económico e social do Alto Mi￾nho e de outras regiões do país,
baseado em dois pilares funda￾mentais: 1. Desburocratização e
Simplificação de Regulamenta￾ção: Eliminar a burocracia ex￾cessiva que impede a entrada de
novos players no mercado, pro￾tegendo as grandes empresas e
limitando a criação de emprego
e a qualidade dos produtos. Fa￾cilitar o processo de abertura de
empresas e o acesso a licenças e
autorizações. 2. Redução Gradual
e Sustentada da Carga Fiscal: Di￾minuir os impostos sobre empre￾sas e consumidores, estimulando
a competitividade, o investimen￾to e o consumo. Eliminar impos￾tos desnecessários e simplificar o
sistema fiscal, reduzindo a buro￾cracia e o desperdício de recursos.
Aproveitando as Vantagens do
Alto Minho: Promover a região
nas outras regiões do país, des￾tacando sua exclusividade, as
experiências únicas que oferece
e as excelentes condições para
investimento industrial; Investir
em infraestruturas que facilitem
o acesso à região, como a ligação
ao Porto de Leixões e a autoes￾trada A3; Criando um Ambiente
Propício para o Crescimento; In￾centivar a inovação e o empreen￾dedorismo, apoiando startups
e PMEs; Investir na educação e
na formação profissional, qua￾lificando a mão-de-obra local;
Assegurar a segurança jurídica
e a estabilidade política, criando
confiança nos investidores.
Ao implementar estas medi￾das, a Iniciativa Liberal acredita
que o Alto Minho e outras regiões
de Portugal podem alcançar um
desenvolvimento económico e
social sustentável, gerando mais
emprego, melhores salários e
uma melhor qualidade de vida
para todos.
Que políticas específicas pla￾neia implementar para apoiar as
indústrias locais, como o vinho
verde na região do Alto Minho?
O vinho verde é um patrimó￾nio da região e do país, que deve
ser valorizado e protegido pelo
valor presente e futuro que re￾presenta. O seu desenvolvimento
como indústria, deve ser apoiado
e estimulado, privilegiando a sua
expansão e evolução. Esta deve
ser uma região turística com do￾tação de apoios equivalentes ao
Douro. Criar um programa espe￾cífico de desenvolvimento da re￾gião do vinho verde, que assente
em três vetores essenciais, a sa￾ber, desenvolvimento do produto
(investimento em evolução das
castas e criação de produtos de￾rivados), projeção da marca (es￾tímulo a projetos que definam o
vinho verde como um produto de
luxo, exclusivo, em termos inter￾nacionais), desenvolvimento da
região como uma região viní￾cola de atração turística (apoiar
e estimular o investimento em
produtos turísticos associados à
exploração e produção do vinho
verde, aproveitando as caracte￾rísticas morfológicas do alto Mi￾nho).
Por outro lado, é preciso dar
ao Alto Minho o receituário vis￾to anteriormente sobre redução
de impostos às empresas e even￾tualmente burocracias. O mesmo
no resto do país, pois um país
com mais dinheiro no bolso, vai
trazer mais negócio ao Minho.
Quais são as suas propostas
para melhorar as infraestruturas
no Alto Minho, como estradas e
transportes públicos?
O Alto Minho tem de se apro￾ximar entre si e do resto do país,
não apenas pelas vias viárias de
mobilidade individual, mas aci￾ma de tudo pelo investimento na
mobilidade coletiva. Hoje, a mo￾bilidade está no centro do deba￾te, pelo impacto que tem no am￾biente, na sustentabilidade, mas
também na economia. O Alto
Minho não pode ficar alheado
desta realidade. Criar uma rede
intermodal de transportes públi￾cos, aliando a ferrovia à mobili￾dade coletiva rodoviária. Numa
primeira fase mais imediata,
juntado os operadores de todos
os meios e coordenando uma es￾tratégia de mobilidade que veja
o Alto Minho como um todo e
numa fase posterior, que já exi￾girá investimento, promovendo
a criação e surgimento de novos
meios de transporte coletivo en￾tre municípios e estimulando a
ligação, por esta via, à Galiza, ao
Baixo Minho e ao Porto.
Qual é a sua visão para o setor
agrícola e pesqueiro no Alto Mi￾nho e como pretende apoiar os
produtores locais?
Estes setores são um dos maio￾res patrimónios da região. A
criação do produto de região, seja
ele piscícola, agrícola, pecuário
ou vinícola, é essencial, agrega￾do a uma comunicação eficiente
da região, como falamos acima.
Criar o label de produto do Alto
Minho, garantindo processos de
produção sustentável, vai de en￾contro às normativas e caminhos
adotados pela UE e pode ser uma
forma efetiva de promover os
produtos desta região e, conse￾quentemente, todos os que estão
envolvidos no seu processo pro￾dutivo.
Como abordaria questões re￾lacionadas com a educação e
o emprego no Alto Minho para
promover o desenvolvimento
sustentável?
A educação e o emprego têm
de ser apostas nacionais e o
Alto Minho tem de ser parte in￾tegrante dessas apostas. Nesta
região existem condições muito
boas para direcionar o conhe￾cimento e a geração do mesmo
para áreas específicas, como a
construção naval e a produção
vinícola. Deve ser nestes setores
a aposta da criação de clusters de
conhecimento e desenvolvimen￾to, que atrairá pessoas de toda a
parte para aqui terem acesso a
um conhecimento e desenvolvi￾mento diferenciado nestas áreas.
Por outro lado, o desenvolvimen￾to económico da região, criará as
condições necessárias para que o
emprego possa evoluir também.
Uma nota para o facto de o Alto
Minho ter também as caracte￾rísticas necessárias para atrair
imensos trabalhadores remotos,
ou nómadas digitais.
Qual é a sua visão sobre a coo￾peração entre os municípios do
Alto Minho e como pretende for￾talecer essa colaboração?
A cooperação é chave para o
desenvolvimento da humanidade
no século XXI. O Alto Minho tem
de se unir e gerar uma estratégia.
A criação da grande área metro￾politana do Minho, poderia co￾locar-nos numa posição melhor
em relação às grandes áreas do
Porto e Lisboa que recebem cerca
de 60% do total de financiamen￾tos do país.
Os municípios têm mesmo que
se unir e trabalhar em sincro￾nismo nos seus interesses co￾muns. É preciso que se pressione
o governo central para que este
confira aos municípios mais au￾tonomia e poder para decidir o
que é melhor para a sua reali￾dade. Só falando abertamen￾te sobre os problemas comuns
se conseguirá unidade quando
chegar a hora de reivindicar esse
poder. Este é o ponto de parti￾da para conseguir atingir tudo o
que foi falado até agora.

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